quarta-feira, 30 de abril de 2008

Autoria, Colaboração, Código Aberto, Autoria e Direito Autoral

A aula de hoje vai focar em tres idéias fundamentais:

1) A troca-conversação, na produção de textos;

2) Colaboração entre autores;

3) Produção de textos pelo sistema de código aberto

Troca - A interatividade dentro da Internet provocou o surgimento do conceito de conversação, ou seja, as pessoas podem trocar informações e conhecimentos. Foi uma inovação tecnológica que permitiu aumentar a interação entre as pessoas.

Quando você troca bens físicos, você ganha algo e perde algo. Quando você troca bens intangíveis como idéias, informações, conhecimentos ou percepções, você ganha sem perder nada. É um negócio bom para os dois lados. Eu te dou uma idéia e você me dá outra, ambos ficamos com duas idéias, porque não perdemos a que tínhamos.

Este conceito de troca é fundamental para entender a velocidade com que as informações e conhecimentos são produzidos na internet. A rapidez é mito maior e mais intensa do que na era analógica, o que sinaliza um periodo de enorme produção intelectual nas próximas décadas, especialmente em segmentos criativos, como texto, audio e imagens.

Quanto mais livre for esta troca mais dinâmico é o processo de geração de novas idéias e conhecimentos, portanto, mais dinâmica é a economia e o desenvolvimento social.

Colaboração - A troca está também na base do princípio da colaboração, que não é outra coisa do que uma conversa ou troca visando um objetivo, comum. O resultado da troca de idéias ou conhecimentos é a colaboração virtual. As pessoas vêem o ganho ao incentivar a circulação de idéias ou conhecimentos, que na verdade é uma cadeia de trocas.

Exemplos OhmyNews e Wikipedia

A generalização da colaboração ainda está limitada por uma série de fatores, o principal deles de ordem cultural. Fomos educados no princípio de que idéias têm que ser protegidas e guardadas, que conhecimentos só devem ser disseminados mediante pagamento. É a cultura de nossos pais e que ainda impregna o ensino. Além disso, as leis limitam a livre circulação de idéias e conhecimentos graças a instituições como marca registrada, direito autoral e caixas pretas.

Código Aberto - Para que a colaboração exista e se desenvolva, ela precisa do fluxo livre de informações e conhecimentos. Ela precisa do que se convencionou chamar de código aberto.

O surgimento da internet só foi possível porque os seus pioneiros adotaram o código aberto como norma. Com isto todos se ajudaram. O código aberto esteve na origem do desenvolvimento dos softwares que marcaram época e dos novos ricos na Web, como é o caso dos donos do Google, do Netscape e o caso do Tom Berners-Lee, o inventor da interface gráfica sobre a qual se desenvolveu a Web, sem nunca ter cobrado direitos autorais.

Caso brasileiro com a polêmica do software livre – Ler o que é software livre http://www.softwarelivre.org/whatisit.php fazer discussão em cima da definição de software livre e a Free Software Foundantion (http://www.fsf.org/)

Caso do Linux e do projeto GNU (http://www.gnu.org/) outro sistema operacional baseado no Linux.

Pagina da wikipédia sobre software livre http://pt.wikipedia.org/wiki/Software_livre


Autoria – A internet está balançando os conceitos sobre propriedade. Aliás, não é a primeira invenção tecnológica a fazer isto. O xerox já foi uma, o vídeo cassete e o cassete foram outras, o DVD etc etc.

A teoria da propriedade foi desenvolvida num mundo onde tudo era mais compartimentado e lento. Com o aumento da velocidade de circulação da informação e do conhecimento, o processo de recombinação também se acelerou.

Todos os grandes inovadores da história da humanidade usaram um sistema muito simples chamado recombinação de idéias. Você recolhe de várias fontes, processa e produz algo novo.

Os capitalistas resolveram ganhar dinheiro e criaram a figura do direito autoral e da marca registrada. Que é uma instituição comercial, que acabou sendo transformada num valor.

Hoje temos um conflito entre uma convenção comercial falsamente transformada num valor social, e o desenvolvimento da cultura digital.

O conflito atual é entre uma visão de passado e outra de futuro. O problema não é a posse de bem materiais, no velho estilo capitalista industrial, mas a posse de conhecimentos e a capacidade de recombiná-los.

Basta comparar os casos do Freqüência Modulada e o da intrincada questão dos direitos autorais na filmagem de um longa metragem ou o caso do Google.

Caso da radio FM e RCA AM (livro Free Culture pág 6) Edwin Armstrong descobriu a freqüência modulada em novembro de 1935. ele era funcionário da RCA na época a maior rede de rádios AM dos EUA. A RCA retardou 15 anos a introdução da FM para não prejudicar seus negócios. Armstrong deixou a RCA e na briga com a empresa pelos direitos autorais, ele acabou perdendo e se suicidando.

Comparação entre uma biblioteca ou arquivo físico e o sistema do Google, que teoricamente, poderia ser considerado o maior violador dos direitos autorais porque tem a sua disposição o maior acervo de informações da história da humanidade e não pagou nada por isto.

Os grandes conflitos por direitos autorais atualmente: cópia de programas de computação e musicas via web. Mas os maiores são entre empresas, copia de linhas de código em softwares.

Novas alternativas – Caso do Creative Commons (Creatividade Coletiva) http://creativecommons.org/

As licenças básicas do Commons são divididas da seguinte forma:

Crédito – O autor da música ou conteúdo pode optar por este tipo de licença se quiser ser creditado sempre que seu trabalho for usado, ter o link de seu site publicado por quem usar seu material.

Uso comercial – Opção por liberar ou não o uso de seu material. O Creative Commons especifica que o usuário consulte o autor para uma possível liberação do conteúdo para fins comerciais.

Derivação – Esta licença indica se o usuário pode ou não remixar uma MP3 ou alterar texto ou imagem de forma total ou parcial.

Compartilhe igual – Quem utilizar o material deve permitir que um terceiro compartilhe da mesma forma. Ou seja, se você usar comercialmente uma MP3 em uma produção áudio-visual em que você obteve lucros, deve permitir que outro utilize o seu trabalho com igualdade de condições.

A grande batalha de digitalização de livros

Projeto Gutenberg 1970 – 16 mil livros eletrônicos indexados

Internet Archive - planeja digitalizar um milhão de livros acesso grátis

Google Prints – Cinco maiores bibliotecas do mundo, incluindo obras sujeitas a direitos autorais. Parte do principio de que o projeto é uma enorme biblioteca, assim não pagará direitos da mesma forma que as bibliotecas não pagam.

Open Content Alliance – Yahoo, Internet Archive, HP, Adobe, Arquivo Nacional (Inglaterra), Universidade da Califórnia. Banco de dados livre e que você pode montar o seu com material da OCA. Só material de copyright livre ou seguindo as normas do Creative Commons. Online Books Page (http://digital.library.upenn.edu/books/) – Universidade da Pensilvania que oferece acesso livre a 20 mil livros, novos e antigos.

Recomendo a leitura prévia dos seguintes textos que estão na web:

a) História da internet - especialmente o capítulo Conceitos Iniciais da Internet, no qual se fala sobre a questão da arquitetura (código) aberta http://www.aisa.com.br/historia.html

b) O que é software livre - http://www.softwarelivre.org/whatisit.php

c) Página da Wikipedia sobre software livre – tem exemplos de softwares livres no mercado - http://pt.wikipedia.org/wiki/Software_livre .

d) Direitos Autorais na Era da Informação - http://pt.wikipedia.org/wiki/Direitos_autorais_na_era_da_informa%C3%A7%C3%A3o

e) Ler página sobre como contribuir para a Wikipedia. A leitura é importante para publicar textos: http://pt.wikipedia.org/wiki/Wikipedia:Ajuda Em especial a seção como contribuir.

quarta-feira, 16 de abril de 2008

Otimização de páginas na Web

- Qualquer texto publicado na Web deve ter algum tipo de preocupação com visibilidade e fidelização de lisitantes.

- Para isto deve poder ser localizado por mecanismos de buscas que são as grandes ferramentas para achar conteúdos na Web.

- Noventa por cento do que procuramos na Web é encontrado através de mecanismos ou diretórios de buscas.

- Os mecanismos de busca, como o Google, indexam páginas a partir de palavras chaves inseridas em metatags

- Isto significa: a página deve ser acessada com cabeçalho do tipo http chamado Content-Type que será expresso através de texto em html. Este tipo de cabeçalho é lido pelos mecanismos de busca e pelos browsers.

- De forma geral os metatags especificam também as palavras chaves no seguinte formato em código fonte:

- Isto quer dizer uma meta tag que contem as seguintes palavras chaves (keywords) = wikipedia, encyclopedia.

- Os editores de textos online tem que se preocupar com as metatags para colocar nos editores do tipo DreamWeaver

- Palavras chaves definem as meta tags e orientam os mecanismos de buscas na indexação da página

- Os mecanismos sabem identificar armadilhas em palavras chaves e se descobrem um, colocam a página numa espécie de purgatório.

- Exercício criar palavras chaves que definam o texto.

- A definição de palavras chaves ajuda a tornar o texto mais o objetivo.

- O redator deve colocar-se na posição do leitor que está procurando um documento em texto a partir de palavras chaves.

- Selecionar três textos capturados em páginas de jornais (Diário Catarinense, Globo, Folha, Zero hora etc) e criar textos para a Web usando a palavra chave na meta tag, na manchete e no lead.

- Enviar os textos para Castilho.aulas@gmail.com até o final da aula

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Jornalismo cidadão

1) Origens do jornalismo cidadão

- Jornalismo Cívico – critica da homogeinização de agendas e do distanciamento dos jornais em relação à agenda do público.

- Resistências institucionais – problema da eqüidistância.

- Projeto Pew Center – interesse público é mais importante que interesse dos acionistas das empresas jornalísticas.

- Isenção jornalística – jornalismo comprometido socialmente

- Crise do conceito de jornalismo cívico

2) Jornal pessoal

- Negroponte e o Daily Me – Media Center do MIT inicia em 1997 os primeiros estudos sobre jornalismo pessoal.

- Cultura da Recomendação – As pessoas indicam páginas e fontes de informação. Os jornais começam a deixar de ser referências.

- Weblogs – A grande revolução e a quebra do paradigma editorial do porteiro (gatekeeper).

3) Os amadores do jornalismo

- Blogs jornalísticos – 20% dos 80 milhões de blogs se dizem voltados para a informação e comentário.

- O público produz notícias – problema da noticia e da opinião

- Podcasts - áudio

4) A polêmica conceitual

- Weblogs mexem com a rotina jornalística

- Profissionais resistem

- A guerra na internet

- Diferenças entre jornalismo profissional e jornalismo cidadão. Jornalismo cidadão é o feito por pessoas sem formação técnica em jornalismo. Os profissionais fazem jornalismo local, hiperlocal ou comunitário ou especializado.

5) Credibilidade

- Sistemas de reputação – Definir sistemas de reputação

- Crise de credibilidade da imprensa convencional.

6) Contextualização

- Relativização dos contextos

- Inteligência coletiva

- Conhecimento tácito e explicito

7) Legitimidade profissional

- O público decide quem é jornalista

- A empresa é dona da credibilidade do profissional

8) Novos conceitos da profissão de jornalista

- Prática em vez de profissão;

- Ninguém é dono do jornalismo

- Jornalismo em rede

- Jornalismo na cauda longa

- Comunidades de informação

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Links, hiperlinks, hipertexto

A aula de hoje vai abordar alguns conceitos básicos sobre texto na Web, conforme será mostrado numa apresentação, preparada pelo professor.
Em seguida os alunos farão um exercício de redação de um hipertexto jornalístico com 1.600 caracteres (sem espaços) usando pelo menos três links.
Os textos serão postados no blog individual dos alunos ou enviados por correio eletrônico para o professor (castilho.aulas@gmail.com) .